casa tijucopava guarujá sp, brazil
- tech chart
- local: tijucopava - gaurujá, sp ano do projeto: 1996 perído de construção: 1996 - 1997 equipe arquiteto marcos acayaba arquiteta suely mizobe arquiteto fábio valentim arquiteto mauro halluli colaboradores estrutura de madeira: ita construtora cálculo estrutural: engº. hélio olga de souza jr. projeto de instalações: sandretec construção: marcos acayaba construção: ita construtora projeto de fundações: engº. luis f. meirelles carvalho materiais estrutura: madeira - jatobá cobertura: laje impermeabilizada com evalon, e deck pré-moldado de concreto leve laje: placas pré-moldadas de concreto leve arrimo: pedra escada: madeira e tirandes de aço divisórias e peitoris: painel wall caixilhos: madeira acabamentos: pintura acrílica nos painéis pisos: assoalho de madeira e evalon (boxes) áreas área do terreno: 1.963 m² área ocupada: 133.0 m² % da ocupação: 6.0 % área construida: 251.0 m² área útil: 194.0 m²
- description
esta casa, protótipo para a preservação da natureza na ocupação de terreno difíceis, foi construída na encosta de uma pequena serra (s. do guararú), junto ao mar, a 80 metros de altitude e 150 metros distante da praia.
o terreno, coberto pela floresta nativa, a “mata atlântica”, teve, além das árvores, sua cobertura vegetal e solo preservado. em continuidade a 3 tubulões, 3 pilares de concreto apóiam a casa que, graças à sua forma hexagonal, encaixa-se entre as principais árvores existentes.
a geometria adotada, com modulação triangular, é muito eficiente por tornar a estrutura naturalmente auto-travada, permitindo a criação de espaços articulados ou contínuos, uma sucessão de bay-windows, e grande integração interior-exterior.
o terraço de cobertura, na altura da copa das árvores, projeta-se num balanço com 2,3 m para proteger a casa das chuvas de vento, freqüentes. é uma área de estar ao ar livre, com vista para o oceano de um lado e para o alto da serra de outro.
o andar principal, espaço contínuo com sala, cozinha e 3 terraços em balanço, liga-se à estrada por meio de uma ponte com apoio central, ancorada na laje de concreto armado do estacionamento, nas solta da casa. no andar intermediário, três suítes e um terraço com vista para o mar organizam-se em torno do espaço central com a escada. finalmente, pendurado entre os três apoios, o andar com a área de serviço dá saída para ao terreno por outra ponte, agora menor e bem mais simples. uma escada em caracol, com degraus de madeira suspensos por tirantes de aço, interliga os 4 pisos da casa.
a estrutura foi montada com pilares e vigas de madeira, conexões e tirantes de aço, tudo produzido numa fabrica, em vargem grande paulista.
os pisos são, basicamente de madeira: primeiro, sobre as vigas, fôrro “macho-fêmea” de mogno; em seguida barrotes de játoba com os intervalos, onde passam “conduits” elétricos, preenchidos por argamassa leve com vemiculita; e finalmente, fixado nos barrotes, assoalho de sapucaia. para evitar a difícil manutenção dos grandes beirais, a cobertura foi feita com placas de concreto leve, pré-moldadas também na mesma fábrica.
as paredes divisórias e os peitoris são painéis industrializados de madeira compensada.
este conjunto, composto quase que só por peças leves e de pequenas dimensões, permitiu a montagem da casa sem o auxílio de equipamento pesados, por 4 operários, em 4 meses, com impacto ambiental mínimo.
a janela típica utilizada em todos os ambientes, é muito simples e econômica. os vidros são comuns, com 5 mm de espessura e não tem caixilhos. o vidro central, fixo, de 1,25 × 1,25 m, é instalado diretamente nos montantes. dois vidros laterais, lapidados, deslizam em sulcos cavados nos peitoris de madeira. externamente, quadros com telas de correr impedem a entrada de insetos.
seis condutores externos conduzem a chuva que cai na cobertura, fazendo com que a água volte a infiltrar-se no terreno, através de poços co 1,5 m de profundidade, cheios de pedra, garantindo a sua umidade natural.